DIVO11: como investir em todas as boas pagadoras de dividendos

DIVO11 traz as melhores empresas pagadoras de dividendos e, com esse ETF, você pode investir em todas elas de uma vez só, sem complicações

Você quer investir ou fazer trades com as empresas que pagam os melhores dividendos na bolsa brasileira, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão)?

Pois é possível fazer isso de maneira fácil e direta através de um fundo de índice (ETF – Exchange Traded Fund), o DIVO11.

O DIVO11 é um fundo de índice que acompanha a composição do IDIV, índice da bolsa de valores brasileira com as companhias que melhor pagam proventos a seus acionistas. Isso mesmo, você compra um único ativo e está investindo ao mesmo tempo em todas essas empresas.

O DIVO11 não paga dividendos diretamente a seus acionistas, mas recebe esse valor indiretamente, uma vez que os dividendos são incorporados ao patrimônio do fundo, como se estivéssemos reinvestindo os proventos.

Além disso, apesar de se tratar de um “fundo”, o DIVO11 se diferencia de um fundo de investimento, em que compramos cotas e temos períodos de cotização para investimento ou resgate. Um fundo de índice é negociado de maneira muito similar a ações e podemos comprá-lo e vendê-lo com grande disponibilidade de liquidez.

Neste artigo, vamos apresentar pra você o que é o DIVO11, quais são as suas características, e como você pode lucrar com ele investindo e até mesmo fazendo trades utilizando uma metodologia baseada no comportamento dos grandes investidores institucionais, os big players, tanto descobrindo o melhor momento de entrar no ativo para investimento, como os melhores momentos de comprar e vender em trades de curta duração.

A metodologia Raio X Preditivo usa o volume de ativos negociados para entender a atuação desses participantes fortes do mercado e encontrar pontos favoráveis de compra e venda, não só de DIVO11, mas de qualquer ativo negociado na bolsa.


O QUE É UM FUNDO DE ÍNDICE

Um fundo de índice é um ativo que acompanha certo índice da bolsa de valores.

Talvez, o mais notório seja o BOVA11. Ele acompanha as oscilações do Ibovespa. Digamos que você queira investir no índice, não é necessário comprar as ações de dúzias de empresas a fim de acompanhar essas oscilações. É só adquirir um certo número de BOVA11, a quantidade compatível com seu financeiro e apetite para o risco.

E você faz isso da mesma maneira que faz com ações: a forma de comprar e vender é a mesma (home broker ou plataforma gráfica de negociação), o imposto de renda é parecido e, creio, tirando o fato de haver uma taxa de administração para o fundo de índice, o resto é bem idêntico.

O ETF não paga dividendos. Porém, os dividendos acabam sendo transferidos ao fundo e acaba sendo uma espécie de reinvestimento dos recursos.

Além disso, um ETF fica sob a responsabilidade de uma empresa gestora. No caso do DIVO11, a gestora é o Itaú Unibanco.

Atualmente, incluindo o DIVO11, a B3 possui 33 ETFs sendo negociados. Alguns exemplos:

  • DIVO11: que reproduz o índice IDIV da B3
  • BOVA11: reproduz o Ibovespa
  • IVBB11: reproduz o S&P500 (as 500 maiores empresas da bolsa de valores dos Estados Unidos)
  • SMALL11: reproduz o índice que inclui o desempenho de 100 empresas de baixa capitalização mas com boa negociação na bolsa (small caps)
  • GOLD11: reproduz a variação do ouro
  • XINA11: acompanha o índice MSCI China, que é composto por empresas chinesas de grande e médio porte listadas em todos os mercados incluindo China A-shares, B shares, H-shares, Red Chips, P chips, e listagens estrangeiras como por exemplo ADRs no NYSE.


O QUE É O DIVO11?

DIVO11 é um fundo de índice, um ETF (Exchance Traded Fund). Um ETF ou fundo de índice é um ativo que acompanha o preço ou cotação de um certo índice.

Desse modo, não precisamos comprar todos os ativos que fazem a composição daquele fundo. Sem o DIVO11, seria muito difícil comprar todas as dezenas de ações que fazem parte do IDIV e na mesma proporção. Esse trabalho todo fica com a gestora do fundo. No caso, o gestor do DIVO11 é o Itaú Unibanco.

No caso, o DIVO11, como já explicamos, é o fundo de índice que reproduz o IDIV, índice de responsabilidade da B3 que é composto pelas empresas negociadas em bolsa que melhor distribuem dividendos.

O que são dividendos?

Ao ser negociada na bolsa de valores, a empresa é obrigada a distribuir parte de seus lucros (essa porcentagem varia de empresa para empresa) a seus acionistas.

Digamos que uma empresa tenha a política de distribuir 25% de seus lucros em determinado período. Em determinado trimestre, ela tem R$ 1 bilhão de lucro. Então, R$ 250 milhões serão distribuídos entre cada ação.

Se a empresa tem 250 milhões de ações, cada ação recebe R$ 1. Se eu tenho 10 mil ações, receberei na ocasião R$ 10 mil.

Claro que essa é uma explicação bem simplista, mas é só para você entender rapidamente do que se tratam os dividendos.

Como o DIVO11 investe seus recursos

Segundo o gestor Itaú Unibanco, na página relativa ao DIVO11, os recursos são assim investidos a fim de refletir as variações do IDIV:

“Para atingir o seu objetivo, o Fundo investirá no mínimo 95% de seu patrimônio em Ações do IDIV, em qualquer proporção, ou em posições compradas no mercado futuro do Índice, de forma a refletir a variação e rentabilidade do IDIV, observados os limites e requisitos previstos no Regulamento do Fundo. Nos restantes 5% de sua carteira, o Fundo poderá deter ações e outros ativos não incluídos no IDIV, desde que estes constituam Investimentos Permitidos. O fundo adota o método de otimização da composição da carteira, visando reduzir custos de transação, facilitar o processo de integralização e resgate de cotas e minimizar a participação de ações de baixa liquidez.”

Além disso, há regras bem claras para incluir ou excluir ações que compõem o DIVO11.

Critérios de inclusão:

• Estar entre os Ativos Elegíveis que, no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores de acordo com o Manual de Definições e Procedimentos dos Índices da BM&FBOVESPA.

• Estar presente em 95% (noventa e cinco por cento) das sessões de negociação no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores.

• Não ser classificado como Penny Stock (ações que valem menos que R$ 1).

• Estar dentro dos 33% do total de ativos com os maiores dividend yields distribuídos pelos ativos nos últimos 36 meses (dividend yeld é a relação percentual entre o valor dos dividendos por ação e o valor da ação)

• Ter o somatório dos dividend yields de cada 12 meses consecutivos observados no período de 36 meses maior do que zero.

Critérios de Exclusão:

• Ativos que deixarem de atender aos três primeiros critérios de inclusão acima

• Ativos que estiverem, em ordem decrescente de dividend yield, classificados acima dos 44% do total de ativos elegíveis

• Tiverem o somatório dos seus dividend yields dos últimos 4 (quatro) quadrimestres iguais a 0 (zero)

• Passarem, durante a vigência da carteira, a ser listados em situação especial (por exemplo, recuperação judicial ou extrajudicial, regime especial de administração temporária, intervenção ou qualquer outra hipótese definida pela Bolsa)

Agora, imagine a trabalheira que você teria se quisesse seguir as ações do Índice, comprando ação por ação, e ter que acompanhar esses critérios empresa por empresa...


QUE EMPRESAS FAZEM PARTE DO DIVO11

Ao comprarmos um único DIVO11, que hoje custa pouco mais de R$ 70, na verdade estamos comprando um pouco de cada empresa que o compõe. Segundo a página do DIVO11, no site do Itaú Unibanco, o gestor desse fundo de índice, as principais compositoras do DIVO11 são os seguintes atualmente (Junho de 2021):


Claro, ao longo do tempo, a composição do IDIV muda e, por conseguinte, a composição do DIVO11 também, de acordo com os critérios de ponderação e composição. Mas uma vez tendo comprado DIVO11, você não terá que se preocupar com isso. A gestora é responsável pelo rebalanceamento da carteira. Assim, você sempre estará com as empresas que melhor pagam dividendos atualmente.


É VANTAJOSO INVESTIR EM DIVO11?

Existem diversas vantagens de se investir em DIVO11:

  • Primeiro, temos a facilidade. Desde que você tenha uma conta em uma corretora e tenha conhecimentos de como usar seu home broker ou sua plataforma gráfica de operações, você pode comprar DIVO11 na quantidade que preferir. Inclusive, em corretoras que não tenham taxa de corretagem, pode ser vantajoso iniciar comprando pequenas quantidades pois essa taxa não vai interferir no seu investimento final, mesmo que você compre apenas 1 DIVO11.
  • Segurança: todas as ETFs, inclusive DIVO11, ficam sob responsabilidade de uma gestora conhecida, esses papéis são fiscalizados pela CVM e pela Anbima e, para completar, todo o processo é auditado por uma empresa independente.
  • Declaração do imposto: de um modo geral, as ETFs seguem um regime similar à declaração de outros ativos da bolsa, como as ações
  • Alta liquidez: DIVO11 tem alta liquidez de negociação, sobretudo para pessoas físicas que, raramente, vão comprar e vender uma grande quantidade de ativos. Pode-se dizer que o volume de compra e venda de uma pessoa física será sempre satisfeito pela disponibilidade de ofertas de venda e compra (respectivamente) disponíveis no mercado
  • Diversificação: você não vai precisar comprar diversas ações diferentes para seguir o índice IDIV da B3. E a cada rebalanceamento do índice a própria gestora faz isso, sem que você precise mover uma palha sequer

Desvantagens:

  • O DIVO11 tem todas essas vantagens, mas sua principal composição são ações. E ações têm o risco de mercado. Por exemplo, mesmo as melhores empresas sofreram oscilações sérias na última crise, a da pandemia. Se você não aguenta passar por esses momentos ou tem medo de perder dinheiro, não invista em DIVO11 ou, ao menos, dose com cuidado quanto do seu dinheiro ficará comprometido nesse investimento
  • Taxa de Administração: é cobrada uma taxa de 0,50% ao ano sobre o valor investido. Cada gestora de ETFs tem um regime diferente de cobrança. Essa taxa varia de ativo para ativo e de gestora para gestora.
  • Alta volatilidade: como dissemos, trata-se de um fundo de índice que investe em ações e, embora, devido à diversificação desse fundo, essas oscilações sejam menores, há momentos da economia em que todas as empresas, mesmo as melhores pagadoras de investimento, sofrem. E, se você quer investir em DIVO11, terá que estar ciente desse risco


UMA ESTRATÉGIA PARA INVESTIR EM DIVO11

Quando se deu a grande crise causada pela pandemia, as bolsas caíram para metade de seus patamares daquele momento, nós do Raio X Preditivo trouxemos a estratégia Sato’s Kamikaze. A ideia é de investimento de longo prazo em momentos de crise aguda.

A bolsa de valores já passou por inúmeras dessas crises em que os preços dos ativos, principalmente os ligados a empresas, despencaram. E, adivinhe, essa crise de 2020 não foi a primeira nem será a última. Outras virão. Talvez não tão graves. Ou até, quem sabe, mais graves ainda.

Mas há outra verdade por trás disso. Em todas essas crises, a bolsa se recuperou. Às vezes demora menos (como foi o caso recente), às vezes demora mais (como foi o caso da crise de 1929). Às vezes o preço das ações continua a cair durante muitos anos (mesmo caso de 1929). Porém, em todos eles, mais anos menos anos, a bolsa se recupera e ultrapassa em muito os patamares iniciais de quando a crise se deu.

Assim, acreditamos que, com o devido balanceamento de risco, pode-se lançar mão da estratégia Sato’s Kamikaze, que tem as seguintes características:

• Desapego do dinheiro envolvido (como se ele tivesse deixado de existir)

• Valores pequenos investidos a cada queda, que você aguente caso as quedas continuem

• Aportes contínuos, cautelosos e pequenos a cada nova queda

Claro, as entradas em investimento, mesmo para o longo prazo não devem ser feitas de qualquer jeito. O ideal é lançar mão de uma estratégia que aponte, nessas grandes quedas, se está havendo o comprometimento de posições por parte de participantes fortes, investidores institucionais que, entre nós, conhecemos como big players. Podemos estimar esses momentos e essas faixas de preço através do volume de ativos negociados e uma das melhores metodologias que utiliza o volume, atualmente, no Brasil, é o Raio X Preditivo.


FICOU INTERESSADO? VEJA AS TAXAS E IMPOSTOS PARA INVESTIR E NEGOCIAR DIVO11

As taxas são as seguintes:

  • Taxa da gestora: 0,50% ao ano sobre o valor investido
  • Taxa de corretagem: algumas corretoras não cobram taxa de corretagem, mas algumas ainda cobram e esse valor varia de empresa para empresa
  • Taxas da bolsa: incluem registro, negociação e outras
  • ISS: incide sobre a taxa de corretagem, caso a corretora cobre
  • Imposto de renda: no momento da venda do ativo, caso haja lucro, você precisa pagar 15% sobre esse lucro ao Leão. Se for day trade (operação que começa e termina no mesmo dia) a taxa é de 20% sobre o lucro. Isso é pago a cada mês. Detalhamos isso em outro artigo


COMO O RAIO X PREDITIVO PODE AJUDAR A NEGOCIAR E A INVESTIR EM DIVO11

O Raio X Preditivo utiliza conceitos e ferramentas, desenvolvidos a partir do estudo de volume de ativos negociados, para encontrar os melhores momentos para comprarmos e vendermos ativos da bolsa de valores ou de outros mercados, por exemplo, o DIVO11. Mas ele funciona com qualquer ativo que possua um certo volume de negociação.

Nessa abordagem, o volume de ativos negociados tem grande influência sobre o movimento dos preços desses ativos e a intensidade com que esses movimentos acontecem. Para o Raio X Preditivo, o volume é a causa e o preço é mero efeito. Portanto, não podemos nos basear no preço de um ativo para tomarmos nossas decisões.

A maior parte do volume negociado nos mercados mundiais é de responsabilidade dos big players, cerca de 100 empresas gigantescas com grande participação nos mercados. São elas que através de alta tecnologia, grande poder financeira e dirigentes altamente capacitados são capazes de movimentar a bolsa para onde querem, só tendo como adversários em suas intenções outros big players de igual ou maior porte.

Assim, também podemos dizer que o Raio X Preditivo é o estudo sobre o comportamento desses participantes mais fortes nos mercados e o uso desse comportamento a nosso favor. As posições desses big players se transformam em regiões estratégicas para entrada e saída de nossos investimentos e, dessa forma, transformamos esses participantes fortes e sua atuação em nossos aliados.


COMO COMPRAR DIVO11

É extremamente simples comprar DIVO11. Bem como qualquer ação ou outro tipo de ativo e derivativo da bolsa de valores. Basta um celular para abrir uma conta em uma corretora de valores. A partir daí, basta depositar a grana e começar a comprar DIVO11, ações, contratos e outros derivativos.

Mas não comece sem antes fazer um curso sobre trades e investimentos, sobretudo um curso que enfatize a devida importância do volume sobre o movimento do preço dos ativos. Nossa sugestão é o Raio X Preditivo, pioneiro e referência nesse tipo de abordagem.

CONCLUSÃO

DIVO11 parece um tanto controverso pelo fato de ser um ETF baseado em empresas que pagam os melhores dividendos e, em contrapartida, não pagar os dividendos para aqueles que compraram tais ETFs. Mas, novamente, destacamos que os dividendos são integrados aos recursos do fundo, o que significa que, no fim das contas é como se o investidor tivesse recebido os dividendos e reinvestido os valores em mais ações boas pagadoras.

O que cabe destacar é que, mesmo se tratando de boas empresas, lucrativas por definição (por serem boas pagadoras de dividendos), trata-se de mercado de risco. Portanto, para fazer investimentos nesse segmento de renda variável, é importante ter a seu lado uma metodologia bem fundamentada (Raio X Preditivo) e adequar seus aportes ao tamanho de sua capacidade financeira e a sua aversão ao risco.

Escrito por Luiz Sato

Segundo Sato sua missão é transmitir conhecimento avançado aos traders brasileiros para aplicarem as metodologias e as ferramentas disponibilizadas ao seus alunos aumentando as probabilidades de ganhos nos mercados que são altamente competitivos e dominados principalmente pelos HFT´s (Robôs de alta frequência).

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